segunda-feira, 17 de setembro de 2012



  "Obesidade"  x  "Psicoterapia"




          Emagrecer não depende somente de um controle alimentar e sim  da busca de um equilíbrio e maturidade emocional. A saúde emocional requer o controle dos impulsos, dos sentimentos e das emoções para conseguirmos harmonizar corpo e mente. É preciso aprender a compreender sua obesidade para aceitá-la e modificá-la. Reeducar nossos afetos facilita esse processo e contribui para uma aprendizagem afetiva. Aprender a traduzir o discurso de seu corpo e decodificar a linguagem frente aos sinais que suas emoções emitem é o objetivo da psicoterapia. O que importa não é o fato em si, mas sim o quê para aquela pessoa ficou representado do fato, o quê esta por detrás daquele comportamento. 
          No tratamento das desordens de descontrole alimentar, em especial nas compulsões alimentares, observamos que muitos anestesiam suas emoções negativas ou mesmo positivas, com a comida, na tentativa de mantê-las afastadas e não sofrer privações que possam vir a recordar o quê até então tentava-se manter inacessível a consciência, reprimido. Uma autoimagem deficiente, baixa autoestima, ansiedade, situações traumáticas, depressão, dentre outros fatores, podem contribuir para que o comer aconteça para alimentar emoções profundas.                                                         
          Aprender a reconhecer, administrar e expressar nossas emoções nos ajuda a sentirmos e vivermos nossos sentimentos ao invés de comê-los. Portanto, a fome, a compulsão alimentar, não deve ser encarada apenas como um sintoma a ser eliminado, mas sim, algo a ser interrogado e investigado. 

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