"Obesidade" x "Psicoterapia"
Emagrecer não depende somente de um controle
alimentar e sim da busca de um
equilíbrio e maturidade emocional. A saúde emocional requer o controle dos
impulsos, dos sentimentos e das emoções para conseguirmos harmonizar corpo e
mente. É preciso aprender a compreender sua obesidade para aceitá-la e
modificá-la. Reeducar nossos afetos facilita esse processo e contribui para uma
aprendizagem afetiva. Aprender a traduzir o discurso de seu corpo e decodificar
a linguagem frente aos sinais que suas emoções emitem é o objetivo da
psicoterapia. O que importa não é o fato em si, mas sim o quê para aquela
pessoa ficou representado do fato, o quê esta por detrás daquele comportamento.
No tratamento das desordens de descontrole alimentar, em especial nas
compulsões alimentares, observamos que muitos anestesiam suas emoções negativas
ou mesmo positivas, com a comida, na tentativa de mantê-las afastadas e não
sofrer privações que possam vir a recordar o quê até então tentava-se manter
inacessível a consciência, reprimido. Uma autoimagem deficiente, baixa
autoestima, ansiedade, situações traumáticas, depressão, dentre outros fatores,
podem contribuir para que o comer aconteça para alimentar emoções profundas.
Aprender a
reconhecer, administrar e expressar nossas emoções nos ajuda a sentirmos e
vivermos nossos sentimentos ao invés de comê-los. Portanto, a fome, a compulsão
alimentar, não deve ser encarada apenas como um sintoma a ser eliminado, mas
sim, algo a ser interrogado e investigado.
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